A abertura de uma rota comercial fluvial permanente entre Manaus e Iquitos (Peru) e, a partir daí até o Oceano Pacífico, é a meta da comitiva de 50 empresários peruanos que desembarcam em Manaus na próxima quarta-feira (21) para participar da II Transpoamazônia – Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística. O evento ocorre até o dia 23 no Studio 5 Centro de Convenções.
De acordo com o empresário e presidente da Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia (Fetramaz), entidade que promove a feira, Irani Bertolini, o grupo vai debater com as lideranças e empresários locais modelos para implantação do projeto nos próximos anos. Essa é, inclusive, uma das propostas prioritárias do evento.
A principal dificuldade do projeto, segundo o empresário, é a completa ausência de eclusas (obras de engenharia hidráulica para transportar barcos entre diferentes altitudes por sistemas de comportas) nas barragens das usinas hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. Com as eclusas, ressaltou Bertolini, também será possível navegar do Amazonas, pelo Rio Madeira, até a Bolívia e de lá para o Sul do continente, até a Argentina.
“Na edição passada da Transpoamazônia já alertávamos para o problema, assim como para a necessidade de eclusas na barragem de Tucuruí (PA), que agora, após pressão do setor, após 30 anos da inauguração da usina, teve as obras autorizadas pela presidente Dilma Rousseff”, acrescentou Irani. Outra conquista apontada pelo empresário na edição passada do evento é a conclusão da BR-163, prevista para o próximo ano. A nova rota deve reduzir em dois dias o tempo médio de transporte entre uma carga exportada no Pólo Industrial de Manaus até os grandes centros consumidores das regiões Sul e Sudeste do país.
Transpoamazônia