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Resumo da notícia

Aumento está associado à expansão do sistema.

ANPTrilhos apresenta propostas para ampliação da mobilidade urbana.

Em 2018, 10,9 milhões de passageiros foram transportados por dia (útil) pelo setor metroferroviário brasileiro, o que representa um crescimento de 9,2% com relação a 2017. Por ano, foram 3,7 bilhões de passageiros – 21% a mais do que no ano anterior. Os dados integram o Balanço do Setor Metroferroviário 2018/2019, apresentado pela ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), nesta segunda-feira (6). 

O que explica essa alta? “Houve um incremento (no uso do serviço) nos fins de semana. A gente cresceu mais na média total do que na diária, o que é positivo”, analisa Joubert Flores, presidente da ANPTrilhos. “O que não é positivo é que todo esse crescimento foi devido à expansão do sistema e ao aumento da capilaridade, ou seja, aumento do número de estações. É sabido que as pessoas não andam mais do que 500 m ou 700 m para tomar um meio de transporte. Então, quanto mais próximo você chega delas, mais passageiros você atrai. Quando nossos sistemas cresceram, a demanda também cresceu. Isso mostra que há uma demanda reprimida”, aponta. 

Em 2018, a malha brasileira expandiu 41 km e chegou a 1.105 km, somando 48 linhas, 613 estações e mais de 5 mil carros de passageiros. O aumento se deve, principalmente, às obras no Metro de São Paulo, na linha 4-amarela e na linha 5-lilás. A operação do VLT de Fortaleza (CE) também se destacou nesse quadro, contribuindo com 13,3 km. Para 2019, a previsão de crescimento da malha é de 9,8 km. 

A preocupação da entidade é que a expansão do serviço não seja meramente quantitativa, mas acompanhada de melhoria na mobilidade urbana. Por isso, prescrevem cinco propostas a serem observadas pelo poder público. Entre elas está a elaboração de um Plano de Estruturação Estratégica da Mobilidade Urbana Nacional, o fortalecimento de marcos regulatórios e incentivos para a modernização dos sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos.

O uso predominante desse meio de transporte é para trabalho (70%), contra 20% para lazer, 5% para estudo e 5% para saúde. 

Fundada em 2010, a ANPTrilhos representa 100% das empresas públicas e de capital privado do segmento e defende o desenvolvimento da mobilidade urbana como um todo. Para a associação, todas as regiões metropolitanas brasileiras deveriam implantar sistemas amplos de capacidade de transporte, com integração e complementaridade entre modais.

Reportagem: Gustavo T. Falleiros

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