Chris standing up holding his daughter Elva
A 21ª Pesquisa CNT de Rodovias revelou que 86,5% (3.365 km) das vias do Estado do Pará foram classificadas como péssimas, ruins ou regulares. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 3.892 km no Estado e, desses, apenas 13,5% (527 km) foram considerados ótimos ou bons.

Para chegar a esses índices, o estudo levou em consideração as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Com rodovias tão problemáticas, os paraenses têm um acréscimo de 35,7% no custo do transporte rodoviário, enquanto a média nacional é de 27%. A elevação se deve ao fato de que rodovias com deficiência têm menos segurança, exigem mais manutenção dos veículos e maior consumo de combustível.

Na avaliação da CNT, para a reconstrução, a restauração e a manutenção dos trechos danificados nas rodovias avaliadas no Estado, seriam necessários investimentos da ordem de R$ 1,41 bilhão. Já para a manutenção dos trechos desgastados, o custo estimado é de R$ 746,59 milhões.

DETALHAMENTO DAS CONDIÇÕES

Pavimento


No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 69,8% da extensão avaliada no Pará, enquanto que 30,2% foram considerados ótimos ou bons; 62,3% da extensão pesquisada apresentou a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização


Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas de sinalização em 96,5% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 3,5%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 56,2% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da via


O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 81,7% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias de geometria; 18,3% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado tem 98,2% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

Pontos críticos


A pesquisa identificou, ainda, 50 trechos com buracos grandes e 14 com erosões na pista que colocam em risco o condutor ao trafegar pelas rodovias dessa Unidade da Federação.

Investimentos em 13 anos


Entre 2004 e 2016, os desembolsos públicos federais para construção de trechos rodoviários no Pará, concentrados nas rodovias BR-163/230, superaram os aportes na manutenção dos 2.867 km de rodovias federais. O fato fez com que a média de investimento por km, em 2016, no Estado, fosse 43,8% superior à do país.

Apesar da relevância da construção para a integração nacional, os reduzidos aportes em manutenção tiveram como resultado a piora da qualidade do pavimento das rodovias entre 2004 e 2017. Assim, o custo operacional adicional devido ao pavimento que era de 28,2%, em 2004, chegou a 35,7% em 2017.

Acidentes


Em 2016, foram registrados 1.733 nas rodovias federais localizadas no Pará, que custaram R$ 234,5 milhões ao país.

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