Da malha rodoviária do Mato Grosso do Sul avaliada pela
21ª Pesquisa CNT de Rodovias, 62,1% (2.774 km) das rodovias foram consideradas regulares, ruins ou péssimas. Na última edição do estudo, esse índice foi de 55,3%.
Dos 4.468 km percorridos pela equipe da pesquisa no Estado, 1.694 km (37,9%) foram avaliados como ótimos ou bons. Para chegar a esses números, a avaliação do estado geral leva em consideração o pavimento, a sinalização e a geometria da via.
Em decorrência das deficiências no pavimento identificadas no estudo, o custo operacional do transporte rodoviário na região sofre um acréscimo de 25,5%. Para reverter esse quadro, segundo a pesquisa, seriam necessários investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões em reconstrução, restauração e manutenção de vias.
No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 49,8% da extensão avaliada no Mato Grosso do Sul, enquanto que 50,2% foram considerados ótimo ou bom; 65,6% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada.
Sinalização
Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas de sinalização em 59,1% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 40,9%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 11,6% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.
Geometria da via
O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 78,1% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias; 21,9% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado tem 94,7% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.
Investimentos em 13 anos
Entre 2004 e 2016, o governo federal autorizou investimentos de R$ 4,27 bilhões para o Mato Grosso do Sul, contudo, apenas R$ 2,97 bilhões (69,5%) foram efetivamente pagos. No período, os gastos foram concentrados em ações de manutenção de trechos rodoviários que apresentaram um ciclo de intensificação dos aportes a cada três anos. Os desembolsos para construção, relevantes entre 2009 e 2012, beneficiaram a principalmente BR-359.
Acidentes
Em 2016, ocorreram 2.466 acidentes nas rodovias federais do Mato Grosso do Sul. Eles representaram prejuízo de R$ 264,12 milhões para o Brasil.