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Começou, nessa quarta-feira (5), em Bento Gonçalves (RS), a 21ª edição da Transposul – Feira e Congresso de Transporte e Logística. Até essa sexta-feira (7), mais de cem expositores apresentam, no Fundaparque, as novidades tecnológicas dos maiores fabricantes de caminhões e veículos comerciais, implementos e equipamentos rodoviários, gestão de frotas e rastreamento, autopeças, motores e pneus, distribuidores de combustíveis, derivados e componentes, bancos, financeiras e seguradoras. O evento conta com o apoio da CNT, do SEST SENAT e do ITL (Instituto de Transporte e Logística).

No congresso técnico, são mais de 35 palestras com autoridades, especialistas e personalidades debatendo os desafios do transporte no Brasil. Uma das novidades dessa edição é o Hub do embarcador, espaço para debates mais técnicos, onde se reúnem transportadoras e fornecedores de bens.

Responsável pela organização do evento, o Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Rio Grande do Sul) espera receber 14 mil visitantes nos três dias. Durante a abertura da Transposul, o presidente do sindicato, João Jorge Couto da Silva, afirmou que espera que essa edição supere o bom desempenho de 2018, quando foram movimentados mais de R$ 150 milhões. "Estamos apostando que, neste ano, o movimento alcance R$ 250 milhões, no mínimo, por conta da necessidade do mercado e do apelo que estamos tendo.”

Otimista com a retomada da economia brasileira e, por consequência, com a elevação da demanda para o transporte rodoviário de cargas, Silva alertou que poderá faltar infraestrutura e até caminhões para lidar com a esperada guinada. “A crise dos últimos anos e a retração dos negócios obrigaram muitas indústrias e transportadoras a reduzir frotas, estruturas e quadros de pessoal. Se tivermos mesmo um crescimento, que espero para 2020, as empresas que não se prepararem para isso enfrentarão problemas.”

Desafios

O presidente da Fetransul (Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Estado do Rio Grande do Sul), Afrânio Kieling, ao falar dos principais desafios do setor, chamou atenção para o impacto da substituição tributária na economia gaúcha e da recente alteração do ICMS que incide sobre o transporte de cargas, que pôs fim à isenção do imposto no frete com destino interestadual.

Sobre as dificuldades enfrentadas pelo transporte rodoviário de cargas no Brasil e nos países latino-americanos, o secretário-geral da CIT (Câmara Interamericana de Transportes), Paulo Caleffi, listou ações empreendidas pelos países vizinhos para superar a crise do setor. No caso do Brasil, Caleffi destacou que é fundamental fazer valer o marco regulatório. “O erro foi não ter sido regulado imediatamente”, disse Caleffi, que também criticou a atual política de precificação do óleo diesel, que impede maior previsibilidade, e a tabela de frete.

Ainda dentro da programação do evento, o procurador da República Deltan Dellagnol falou da ética nos negócios em um mundo de pressões. Em sua explanação, Dellagnol ressaltou que boa parte dos esquemas desvendados pela Operação Lava Jato tem, como atores principais, não políticos, mas, sim, grandes empresas e executivos.

Despoluir  

Ao final do dia, foi realizada a solenidade de premiação da edição gaúcha do Programa Despoluir – Programa Ambiental do Transporte, iniciativa do SEST SENAT e da CNT. Organizada pela Fetransul e pela Fetergs (Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio Grande do Sul), a premiação contou com as presenças do diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, e da gestora nacional do programa, Daniela Fraga. Foram contempladas as empresas com os melhores índices de desempenho nas avaliações veiculares em 2018.

Reportagem: Diego Gomes, de Bento Gonçalves (RS)

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