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Com presença de mais de 400 empresários e lideranças do setor do transporte rodoviário de cargas no Brasil, começou nessa quinta-feira (6), em Curitiba (PR), a primeira edição do CONET&Intersindical - Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado de 2020. Promovido pela NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), o evento, realizado há quase 50 anos, busca, em duas edições anuais, discutir e buscar soluções para questões relacionadas ao desenvolvimento do setor.

Até esta sexta-feira (7), os participantes debatem tabela de frete, tarifas de pedágio, infraestrutura rodoviária brasileira, Lei de Abuso de Autoridade, legislação trabalhista, além de políticas nacionais que interferem diretamente na atuação dos transportadores.

De acordo com a NTC&Logística, o estado do Paraná ocupa a 2ª posição no ranking do transporte brasileiro e possui mais de 12 mil transportadoras que, entre 2010 e 2015, foram responsáveis pela geração de R$ 27,1 bilhões em receita na região. O presidente da entidade, Francisco Pelucio, comentou que o CONET&Intersincial é de fundamental importância para o transporte de cargas brasileiro. “Nada melhor, então, do que realizar esse primeiro encontro do ano em um dos principais estados brasileiros para o setor.”

O presidente da Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná), coronel Sérgio Malucelli, espera que o evento contribua efetivamente para auxiliar os transportadores a enfrentar os principais desafios. Em sua fala, Malucelli destacou que 25% da frota do setor foi renovada, o que, segundo ele, revela uma boa perspectiva para 2020.

Frete em debate

Durante o evento, foi apresentada uma pesquisa da NTC&Logística realizada com 2.500 empresas de transporte de cargas. O levantamento mostra que os fretes no Brasil vêm sendo pagos cada vez mais com atraso: 61,5% das empresas têm valores a receber. Na última pesquisa, divulgada em agosto de 2019, o percentual de atraso era de 54%.

De acordo com o levantamento, 37,7% das empresas consultadas veem a tabela de frete como uma medida positiva. Esse dado, em agosto, era de 41%. Para 39% das entrevistadas, o desempenho das empresas piorou. Já para 35%, melhorou. Em relação à expectativa para este ano, para 29% dos entrevistados o cenário deve melhorar e, para 32%, deve piorar.

Sobre a questão da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, o presidente da CNT, Vander Costa, afirmou que a CNT defende a conclusão do julgamento da constitucionalidade da medida provisória que estabelece a tabela de frete no STF (Supremo Tribunal Federal), marcado para o próximo dia 19 de fevereiro.

“O importante é o que o problema seja enfrentado. Não podemos ficar nesse impasse de pagar ou não pagar. Nosso setor responde por 90% do transporte de cargas no país, e necessita de segurança jurídica sobre a matéria. E, independentemente do resultado do julgamento, assegurada a segurança pelo governo, as empresas garantem o abastecimento do país.”

Com informações da NTC&Logística

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