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Resumo da notícia

Dois ônibus 100% elétricos circulam na capital federal desde julho e agosto de 2018.

As linhas, da empresa Piracicabana, passam pela Esplanada dos Ministérios e pela UnB.

Muitos passageiros nem sabem, mas dois ônibus 100% elétricos circulam em Brasília (DF), na frota da empresa Piracicabana. O primeiro começou a trafegar em julho de 2018, fazendo o trajeto rodoviária do Plano Piloto/Esplanada dos Ministérios (linha 109). O segundo entrou em operação um mês depois, em agosto, indo da rodoviária do Plano até a UnB (Universidade de Brasília), linha 110. Por dia, são cerca de 2.000 passageiros transportados nos dois veículos. A empresa está avaliando os resultados da operação.

Na prática, os ônibus são silenciosos, com ar-condicionado e piso baixo. Oferecem mais conforto aos usuários do que um veículo convencional. No mês passado, as áreas técnicas da CNT, do SEST SENAT e do ITL foram conhecer a operação da empresa Piracicabana, durante o trajeto na Esplanada. Um instrutor da empresa também veio à sede da Confederação falar sobre o uso da tecnologia.

O elétrico é recarregado na tomada por meio de um carregador específico, desenvolvido pelo fabricante do veículo. Com quatro horas de recarga, consegue rodar cerca de 250 quilômetros. A autonomia depende da forma de condução, do trajeto e também da infraestrutura viária. Os chassis foram fabricados pela montadora chinesa BYD, e o encarroçamento é da Marcopolo. A montagem foi em Campinas (SP).

Os motoristas recebem um treinamento especial para conduzir os elétricos. Para Ricardo Cavalcante, há dez anos nessa profissão, é “uma honra” pilotar um veículo com essa tecnologia. “É uma mudança radical na forma de conduzir, quando passamos do convencional para o elétrico. Me sinto privilegiado. Esse ônibus gera muito menos estresse. Não tem barulho. Não tem calor. Além do conforto, a tecnologia mexe muito comigo. Os elétricos são um marco na história do transporte brasileiro”, diz o motorista.

Cavalcante conta também que o elétrico exige certa habilidade do motorista para que a direção seja segura e confortável para os passageiros. “Penso que o treinamento deve ser uma preocupação constante. Temos treinamento duas vezes por ano na nossa empresa. Sempre tentam nos mostrar que esse mercado está mudando e que temos que buscar dirigir com mais qualidade, atentos à tecnologia.”

Desafio

Um dos desafios para a implementação de mais ônibus elétricos, conforme destaca o instrutor da empresa, Jonatas Oliveira, é o preço. Ele cita que o elétrico custa mais do que o dobro (R$ 1,8 milhão) do que um convencional. O retorno do investimento deve ocorrer a médio prazo. Mas todos os fatores estão sendo avaliados pela Piracicabana neste primeiro ano de operação.

Saiba mais sobre o elétrico que circula em Brasília:

-   Possui dois motores acoplados às rodas traseiras. Cada motor tem potência igual a 202 cv, o que leva ao total de 404 cv de potência total do veículo

- Tem 51 baterias e sistema de frenagem regenerativa

- Necessita de pouca quantidade de óleos em comparação ao convencional

- Como o veículo é muito silencioso, a empresa teve que treinar os funcionários da garagem para evitar acidentes

-  A recarga total leva cerca de 4 horas

- Deve haver treinamento específico dos funcionários da empresa para a manutenção do veículo, além da condução

Reportagem: Cynthia Castro

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