Chris standing up holding his daughter Elva

A Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros) lançou nesta quarta-feira (28) uma campanha nacional de combate ao transporte clandestino de passageiros. A iniciativa “Sua vida vale mais. Dia não ao clandestino” tem como objetivo preservar a segurança dos passageiros. 

Um dos alertas que a campanha faz é sobre o risco de acidentes ao embarcar em um veículo clandestino. Por isso, esta quinta-feira (29), véspera do feriado de finados (2/11) foi escolhida como o “Dia D” da campanha. Ações de conscientização e informação serão realizadas em terminais rodoviários de 11 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Belém, João Pessoa, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, São Luís e Recife. Além disso, a mobilização também será realizada nas mídias sociais da associação e das empresas do setor.

A campanha foi motivada pelo aumento do transporte irregular durante a pandemia. Em 2020, foram mais de 930 apreensões de ônibus e mais de 2.000 autos de infração aplicados pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). De acordo com dados do Setpesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do estado de São Paulo), apenas no estado são realizadas cerca de 6.801 viagens ilegais por mês, gerando 81.612 por ano. Considerando o número de passageiros, são mais de 684 mil pessoas por ano. 

"Além de todos as questões envolvendo segurança, temos obrigações tributárias e de gratuidade. E o pirata não precisa disso. Assim, ele consegue ter um custo menor e oferecer uma viagem ‘mais barata’. Não somos contra a concorrência. Só queremos que ela seja legal e que os tributos e protocolos valham para todos”, destaca o presidente da Abrati, Eduardo Tude. 

Para que as empresas regulares possam atuar, elas devem seguir as regras da ANTT, que envolvem padrões de treinamentos para motoristas, testes toxicológicos e alojamentos para descanso. “Você entra em um veículo clandestino e não tem ideia se ele pode quebrar e causar algum acidente, ou se o motorista está preparado para aquele trajeto”, pondera a conselheira da associação, Letícia Pineschi.

Além disso, Letícia faz um alerta sobre os protocolos sanitários que devem ser cumpridos em um momento de pandemia. "Eles não cumprem os protocolos, comprometendo a saúde dos passageiros. Na maioria das vezes, a empresa não atende às regulamentações necessárias para a viagem e o motorista não passa por treinamento.”


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