Em Sergipe, 72,8% (478 km) da extensão avaliada na 21ª Pesquisa CNT de Rodovias apresenta algum tipo de deficiência no estado geral (classificação regular, ruim ou péssimo), enquanto que 27,2% (179 km) teve classificação ótimo ou bom. O estado geral inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 657 km no Estado. Em todo o Brasil, foram 105.814 km analisados.

Em Sergipe, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 33,4% no transporte rodoviário. Na avaliação da CNT, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias, com a implementação de sinalização adequada, estima-se que são necessários R$ 342,22 milhões. Já para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, o custo estimado é de R$ 105,03 milhões.

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 51,3% da extensão avaliada em Sergipe, enquanto que 48,7% foram considerados ótimo ou bom; 51,9% da extensão pesquisada apresenta a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização

Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas de sinalização em 85,6% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 14,4%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 30,5% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da via

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 90,6% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias de geometria; 9,4% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado tem 86,3% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

A pesquisa identificou, ainda, três trechos com buracos grandes que colocam em risco o condutor ao trafegar pelas rodovias dessa Unidade da Federação.

Entre 2004 e 2016, 73,1% dos recursos autorizados para Sergipe foram desembolsados. No primeiro semestre de 2017, a relação entre o total pago e autorizado foi de 15,6%. Os desembolsos com adequação superaram as intervenções de manutenção no período e se concentraram entre 2011 e 2015. A BR-101 recebeu mais de 90% dos recursos dos desembolsos com adequação. 

Em 2016, foram registrados 763 acidentes, com custo estimado de R$ 86,98 milhões.