A 21ª Pesquisa CNT de Rodovias revela que 53,3% (1.360 km) das rodovias avaliadas no Rio de Janeiro são consideradas ótimas ou boas. De acordo com o levantamento, 46,7% (1.195 km) apresentam algum tipo de deficiência. O levantamento da CNT avalia o estado geral da malha rodoviária pavimentada de todo o país, considerando pavimento, sinalização e geometria da via. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 2.555 km no Rio de Janeiro. Em todo o Brasil, foram 105.814 km analisados.

Investimentos necessários

No Rio de Janeiro, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 22,1% no transporte rodoviário. Na avaliação da CNT, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias, com a implementação de sinalização adequada, estima-se que são necessários R$ 730,99 milhões. Já para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, o custo estimado é de R$ 244,55 milhões.

DETALHAMENTO DAS CONDIÇÕES

Pavimento

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 39,6% da extensão avaliada no Rio de Janeiro, enquanto que 60,4% foram considerados ótimo ou bom; 31,1% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização

Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas de sinalização em 48,8% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 51,2%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 7,7% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da via

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 64,6% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias de geometria; 35,4% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado tem 65,6% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

Pontos críticos

A pesquisa identificou, ainda, seis trechos com erosões na pista, três com buracos grandes e dois com quedas de barreira que colocam em risco o condutor ao trafegar pelas rodovias dessa Unidade da Federação.

Investimentos em 13 anos

Entre 2004 e 2016, 76,3% dos recursos autorizados para o Rio de Janeiro foram pagos. Os gastos com construção de trechos foram os mais relevantes no período, mas houve aportes contínuos em manutenção e adequação. As adequações ocorreram basicamente nas BR-101/493 e mais de 95% dos aportes para construção foram na BR-493. 

Em 2016, foram registrados 6.118 acidentes, com custo estimado em R$ 688,4 milhões.