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Foi concluído, nesta quarta-feira (20), em Brasília, o primeiro curso de Certificação Internacional em Gestão de Sistemas Ferroviários e Metroferroviários, oferecido pelo ITL (Instituto de Transporte e Logística) e pelo SEST SENAT. A capacitação foi ministrada pela Deutsche Bahn Rail Academy, organização do Grupo DB (Deutsche Bahn), um dos maiores operadores de transporte multimodal de cargas e de passageiros do mundo. 

Essa primeira turma contou com 35 profissionais dos segmentos de cargas e de passageiros, entre os quais, especialistas e gestores das áreas de operação e manutenção. O curso teve a cooperação da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) e da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) na divulgação da seleção entre os empregados das companhias associadas. 

Durante o encerramento, o presidente eleito da CNT, Vander Costa, destacou que a certificação buscou qualificar os profissionais para garantir mais produtividade, eficiência e redução de custos ao setor ferroviário de cargas e de passageiros, além de demonstrar a relevância do SEST SENAT e do ITL na indução do desenvolvimento do transporte e do país. “Essa é mais uma iniciativa nossa na busca da qualificação da mão de obra para fazer com que tenhamos capacidade de ter uma boa gestão e, mais do que isso, termos como propor aos nossos governantes uma valorização de todos os modais.” 

Segundo Costa, a preparação dos gestores e lideranças das empresas, especialmente do setor metroferroviário, pode munir o setor de condições para negociar melhores condições com o governo, de modo a fazer o modal ter um desenvolvimento contínuo e crescente, propiciando o desenvolvimento tanto do transporte de cargas quanto o de passageiros. 

O diretor-executivo da Deutsche Bahn, Peter Mirow, afirmou que a certificação representa um importante divisor de águas, ao avaliar o potencial de colaboração da qualificação para o setor no Brasil. “Ela ajuda a trazer novas ideias, novas tecnologias, novos sistemas de gestão também para os operadores brasileiros. Foram desenvolvidos trabalhos concretos para as empresas. Alguns desses projetos já estão sendo aprovados para serem implementados. Então, esse é um curso que é um marco no desenvolvimento das ferrovias no Brasil.”

O aluno André Luís Gonçalves da Costa, piloto do Metrô-DF, avalia que, por meio da capacitação, pôde desenvolver os conhecimentos da área e ter uma percepção muito mais ampla e acurada do transporte sobre trilhos.  “Ao absorver esses conhecimentos e trabalhando em conjunto com pessoas da engenharia, em conjunto com pessoas da gestão, podemos auxiliar muito a empresa a crescer do ponto de vista operacional. Também trazemos opções diferentes, visões diferentes, abordagens diferentes. Isso nos auxilia, como operadores, a poder pensar em soluções inovadoras.”

Fernanda Deltrégia, especialista em engenharia ferroviária da VLI, conta que desenvolveu um projeto para reduzir a variabilidade na condução dos trens, aplicando as melhores práticas do mercado. “Isso é muito importante porque o combustível é um dos maiores custos da nossa empresa e a gente precisa oferecer tarifas competitivas no mercado. Se eu consigo aplicar projetos que me ajudem a ser mais produtivo, com certeza, consigo passar para o meu cliente um frete melhor”, diz Fernanda, que ressaltou ainda a oportunidade de ter acesso a casos internacionais bem-sucedidos e contato com profissionais de todas as frentes do setor ferroviário brasileiro.


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