Chris standing up holding his daughter Elva
Em relação à capacitação e qualificação da atividade transportadora no Brasil, lembramos que o SEST SENAT completa 25 anos em 2018. Qual o balanço que o senhor faz dos resultados apresentados até agora? 

Os resultados são muito positivos. Hoje, o SEST SENAT é reconhecido pela excelência na prestação de serviços 100% gratuitos nas áreas de desenvolvimento profissional, assistência social, lazer e cultura para os trabalhadores do transporte e seus familiares. Nesses 25 anos, realizou mais de 110 milhões de atendimentos em especialidades como fisioterapia, psicologia, nutrição e odontologia e também por meio da oferta de 433 cursos presenciais e 202 cursos a distância. Quero salientar que estamos ampliando a presença do SEST SENAT em todo o Brasil. 

Como está o plano de expansão do SEST SENAT para 2018? 

Este ano vamos inaugurar mais 50 novas unidades operacionais em todas as regiões do país. Até o final de 2019, o SEST SENAT terá 206 unidades em funcionamento. Todas amplas, modernas e equipadas com tecnologia de ponta. Com as novas unidades, os trabalhadores terão à sua disposição 130 simuladores híbridos de direção e 125 simuladores de empilhadeira para capacitação e aperfeiçoamento em condução de todos os tipos de veículos. As oportunidades de desenvolvimento profissional serão ampliadas em mais de 30%. A oferta chegará a mais de 500 cursos presenciais e cerca de 300 cursos a distância. Também projetamos um forte crescimento na área de saúde, chegando a 1,7 milhão de atendimentos por ano.

O senhor idealizou e participou ativamente destes 25 anos de história do SEST SENAT. Os resultados de hoje estão de acordo com suas expectativas?

Em 1993, colocamos em prática um plano ousado de criar uma rede nacional de desenvolvimento profissional, com assistência social para os trabalhadores do transporte. Os resultados que alcançamos nestes 25 anos superam, e muito, o projeto inicial. O SEST SENAT é uma conquista dos trabalhadores e dos transportadores brasileiros, pois vem contribuindo decisivamente para profissionalizar e modernizar o setor de transporte. Hoje, o SEST SENAT é uma referência para os trabalhadores, não apenas em termos profissionais. É também um suporte em saúde, qualidade de vida e integração social para toda a sua família e para a sociedade.

Outro motivo de comemoração em 2018 é o Prêmio CNT de Jornalismo, que também completa 25 anos. O prêmio se consolidou? 

Mais do que se consolidou. O Prêmio CNT de Jornalismo é reconhecido pela própria imprensa como a mais importante premiação do setor existente hoje no Brasil. O Prêmio já reconheceu a excelência de centenas de reportagens sobre as mais diversas dimensões do transporte no país. A sua importância se deve à transparência, à seriedade e ao respeito com que os profissionais de imprensa vêm sendo tratados nestes 25 anos. Temos muito a comemorar. A cada ano que passa, a imprensa compreende melhor a importância do setor de transporte para o desenvolvimento do Brasil e, a cada edição do Prê- mio CNT, temos a satisfação de reconhecer o talento e brilhantismo dos jornalistas em levar conhecimento e informações cada vez mais precisas à sociedade.

Então, apesar de todas as dificuldades, o senhor está otimista?

Sim. O pior já passou. Aos poucos, a economia brasileira está voltando para os eixos e o setor de transporte começa a dar sinais de recuperação. Agora, é preciso seguir em frente. A sociedade está consciente da importância das reformas de modernização do Estado. A Reforma da Previdência já é compreendida como fundamental para garantir o equilíbrio das contas públicas, corrigir distorções e combater injustiças. Também está consolidada a ideia de que é preciso reformular o sistema tributário e simplificar o relacionamento do Estado com o setor produtivo. Se de um lado o ano eleitoral dificultará os investimentos públicos, de outro, o debate entre os candidatos à Presidência será útil para definir o modelo de desenvolvimento que o Brasil adotará para os próximos anos. Esperamos que os sacrifícios impostos pela longa recessão sirvam de alerta para que erros históricos, como a falta de planejamento e de investimentos em infraestrutura, não se repitam. Não há outro caminho. O crescimento do Brasil depende de infraestrutura de transporte e logística para garantir a criação de polos regionais de desenvolvimento, estimular a produtividade das empresas, gerar crescimento econômico, produzir riquezas e ampliar as oportunidades de emprego e renda para a população. Vejo o ano de 2018 como mais uma oportunidade para o Brasil dar uma virada e retomar a rota do desenvolvimento econômico sustentável, recuperando sua posição entre as nações mais promissoras do mundo.

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