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Unidade da Federação estratégica à logística de transporte no Brasil, Minas Gerais tem a mais extensa malha rodoviária do país, sendo que a maior parte dela apresenta deficiências. De acordo com a 21ª Pesquisa CNT de Rodovias, 69,8% (10.526 km) das rodovias mineiras são classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Por conta desse cenário, o estudo estima que seriam necessários mais de R$ 9,2 bilhões para investir em reconstrução e restauração de alguns trechos e na manutenção dos trechos desgastados – o índice mais alto do país.

A partir de hoje, a Agência CNT de Notícias publica alguns desdobramentos da Pesquisa CNT de Rodovias sobre as diferentes Unidades da Federação. O estudo da Confederação Nacional do Transporte pesquisou 15.076 km em Minas Gerais para avaliar o estado geral das rodovias, considerando pavimento, sinalização e geometria da via. Desses, 4.550 km (30,2%) foram avaliados como ótimos ou bons. Toda a malha federal pavimentada é avaliada e os principais trechos estaduais, também pavimentados.

Devido às condições precárias do pavimento, o custo do transporte rodoviário nas vias mineiras sofre acréscimo de 32,4%, já que rodovias com deficiência têm menos segurança, exigem mais manutenção dos veículos e maior consumo de combustível.

DETALHAMENTO DAS CONDIÇÕES


Pavimento


No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 58,1% da extensão avaliada em Minas Gerais, enquanto que 41,9% foram considerados ótimos ou bons; 49,5% da extensão pesquisada apresentou a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização


Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas de sinalização em 57,8% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 42,2%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 20,5% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da via


O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 84,5% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias de geometria; 15,5% tiveram classificação ótimo ou bom. O Estado tem 88,9% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

Pontos críticos


A pesquisa identificou ainda 13 trechos com erosões na pista, sete com buracos grandes e três com quedas de barreira que colocam em risco o condutor ao trafegar pelas rodovias dessa Unidade da Federação.


Investimentos


Entre 2004 e 2016, 82,3% dos recursos autorizados para Minas Gerais foram pagos. Em 2017, até junho, a relação total pago e autorizado foi de 30,3%. Os desembolsos com manutenção de trechos foram os maiores, mas os aportes para adequação e construção também foram relevantes. Nas adequações, destacam-se as intervenções feitas nas BR-381/365/050/262. Os gastos com construção se deram principalmente nas BR-146/265/364.

No período de 2004 a 2017, o estado geral das rodovias melhorou, dado que 84,9% da extensão foi classificada como regular, ruim ou péssimo em 2004, ante 64,0% em 2017. Em razão da melhora nas condições do pavimento, o aumento do custo operacional diminuiu de 33,0% em 2004 para 32,4% em 2017. Em 2016, foram registrados 14.371 acidentes, com custo estimado em R$ 1,55 bilhão.

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