Chris standing up holding his daughter Elva
A rede de transporte de passageiros sobre trilhos teve um aumento de 30,2 km em 2017, chegando a 1.064,6 km. A expansão superou a expectativa projetada de 29 km. O número de passageiros transportados no ano passado atingiu 2,93 bilhões, acréscimo de 0,4% em relação ao ano anterior, quando foram transportados 2,91 bilhões. 

Os números fazem parte do “Balanço do Setor 2017/2018”, divulgado nesta segunda- feira (16), pela ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), em Brasília. 

“Mesmo em um momento difícil para a economia do país e com a queda de empregos, conseguimos avançar no número de usuários, principalmente devido à ampliação da rede e à inclusão de novas estações. Caso não houvesse o aumento das redes, teríamos uma diminuição de 1,2% na demanda de passageiros”, afirma o presidente da associação, Joubert Flores.

No ano passado, 24 estações e 2 novas linhas passaram a integrar a rede de sistemas metroferroviários, que inclui metrôs, trens metropolitanos, VLTs, monotrilho e aeromóvel. De acordo com Flores, o Metrô de Salvador foi o grande responsável por esse crescimento. Com a entrada em operação da Linha 2, mais 14,4 km passaram a compor a rede nacional.

A inauguração da segunda linha do VLT Carioca também acrescentou 5,8 km à rede brasileira de trilhos urbanos. Outros destaques que culminaram no crescimento acima do esperado nas linhas foram o VLT da Baixada Santista, que opera no litoral de São Paulo e passou a operar com 4,7 km a mais; a Linha 5 do Metrô São Paulo, com 3 km;  e o VLT de Maceió, com 2,3 km. 

A previsão do setor é que, nos próximos cinco anos, o transporte sobre trilhos tenha um aumento de 164 km, com conclusão de projetos já contratados e em execução, alguns em estágio avançado, segundo a ANPTrilhos.

Outro fator que trouxe avanço para o setor foi referente ao aumento dorecorde da frota de trens, que chegou a 719 novos carros de passageiros, um acréscimo de 15,5%. De acordo com a associação, parte dessa frota atende a novas linhas implantadas, e a grande maioria trouxe modernidade às linhas existentes, dando mais qualidade e conforto para os usuários. 

Os resultados também refletiram em uma maior geração de empregos no setor. Outro índice positivo da pesquisa diz respeito à geração de empregos. Em 2017, o número de empregados próprios cresceu 2% em relação a 2016, superando a marca de 32.000 empregados. Já em relação à contratação de mão de obra terceirizada, o crescimento passou da marca de 20%, fechando o ano de 2017 com mais de 10.000 trabalhadores.

O relatório da ANPTrilhos destaca a contribuição da iniciativa privada para o desenvolvimento dos sistemas e cita o exemplo do MetrôRio, cuja concessão está completando 20 anos, com uma expansão de 50 km. “Precisamos de investimentos e, para isso, é preciso pensar em formas que não onerem os estados e tragam avanço para o setor. Nesse caso, as concessões podem ser uma solução. Se temos pouco dinheiro, é preciso atrair capital”, ressalta Joubert Flores.

Acompanhe, a partir desta terça-feira (17), reportagens sobre as concessões metroferroviárias brasileiras.


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