Chris standing up holding his daughter Elva
Falar sobre cidades inteligentes exige que se reflita sobre um movimento que se acelera no mundo: o aumento da densidade populacional em zonas urbanas, especialmente em grandes centros. Atualmente, mais de 54% das pessoas no mundo vivem em cidades. Até 2050, acredita-se que esse índice chegará a 70%.
 
O processo de migração é permanente. “São Paulo”, exemplifica Renato de Castro, especialista em smartcities, “recebeu o equivalente a 18 pessoas por hora no ano passado”. E é nos espaços urbanos que as populações mais se veem afetadas pelos problemas decorrentes desse movimento. “A mobilidade é a interface urbana que mais nos toca”, diz ele. Apesar dos problemas crescentes, Renato de Castro destaca que surgem, também, muitas oportunidades. 
 
É nesse contexto que se insere o conceito de cidades inteligentes, ou smartcities. Cidades inteligentes são lugares onde tudo parece conspirar para fazer a nossa vida melhor”, resume Castro. A perspectiva é a de que é necessário buscar novas formas de lidar com velhos problemas. “Cinco são os pilares das cidades inteligentes: tecnologia, orientação para resultados, qualidade de vida, nova economia e resiliência”, afirma o especialista. 
 
Para que isso ocorra, não são necessárias transformações grandiosas e investimentos volumosos. O importante é buscar soluções (que sejam simples, mas efetivas) para problemas que afetam a vida das pessoas. Daí, a ideia de se tratar os projetos para cidades mais inteligentes com a lógica das startups, empresas que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido crescimento. O tema foi um dos tópicos debatidos durante a WTM 2018 (Welcome Tomorrow), evento sobre mobilidade que ocorre até esta quarta-feira (31), em São Paulo.
 
Mas como tornar isso concreto, afinal? “Usar pitchs [expressão que se refere ao discurso que as startups fazem para conseguirem investimentos], simplicidade, parcerias e ter uma nova mentalidade”, resume Castro. Ele exemplifica que prefeituras podem buscar o apoio de empresas privadas, de modo que seus serviços e soluções contribuam para a solução dos desafios na mobilidade. É o que existe, por exemplo, envolvendo aplicativos de trânsito, que fornecem dados e informações para gestores de trânsito adotarem medidas que melhore a fluidez do tráfego. 
 
Quanto às parcerias, destaca que já não bastam mais as tradicionais PPPs (parcerias público-privadas). “São PPPPs, parcerias público-privadas e com pessoas. É necessário trazer os cidadãos para a compreensão do problema e para o debate da solução. As pessoas não podem mais ser espectadoras de suas próprias cidades.”

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