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O Brasil utiliza atualmente apenas 10% do potencial de transporte de cargas da hidrovia Paraguai-Paraná. No entanto, aumentar o volume do transporte realizado pela hidrovia pode gerar uma economia de cerca de 25% nos custos logísticos para o trecho de 1.000 quilômetros, se comparado ao custo rodoviário. Os dados e a análise fazem parte de estudo da UFPR (Universidade Federal do Paraná) sobre as vantagens competitivas, oferta e demanda de cargas da hidrovia apresentado nesta terça-feira (18) em seminário realizado pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), em Brasília.

O estudo foi feito pelo ITTI (Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura ), da UFPR, e dividido em três eixos: infraestrutura, mercado e regulatório. A pesquisa identificou que o potencial brasileiro é de transportar 40 milhões de toneladas pela hidrovia, sendo que hoje o que é movimentado são apenas 4,5 milhões de toneladas. Na ocasião, o diretor da Antaq, Adalberto Tokarski, destacou as iniciativas do Paraguai de incentivo aos estaleiros e a indústria de barcaças, que servem de exemplo para o Brasil. Ele anunciou que a Antaq vai realizar eventos em Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e países vizinhos para a divulgação do estudo. 

Redução no custo logístico

Uma das vantagens do uso da hidrovia Paraguai-Paraná é facilitar o escoamento da produção de soja do Mato Grosso. A diferença de custo em relação ao transporte rodoviário para uma carga de cinco milhões de toneladas do grão chega a R$ 800 mil. Quando o volume transportado passa para 30 milhões de toneladas, a economia com o uso da hidrovia pode chegar a R$ 4,7 milhões. 

O estudo traçou ainda uma matriz de oportunidades com projeção de demanda para o horizonte de 15 anos. Entre as perspectivas de trocas comerciais entre os cinco países que usam a hidrovia (Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Argentina), foram elencados 24 produtos potenciais com destaque para o milho, a soja e o minério de ferro pelo lado brasileiro. 

Com informações da ATP


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